
O restaurante D.O.M, que tem sua cozinha dirigida pelo famoso chef Alex Atala, localizado na cidade de São Paulo nas proximidades da famosa Avenida paulista, Augusta e jardins, é um restaurante de alta gastronomia em que o chef reescreve seus pratos com ingredientes contemporâneos e uma ótima opção para quem deseja provar de um novo paladar durante sua estadia na cidade ou até mesmo para os moradores e amantes de um bom restaurante e uma culinária mais excêntrica.
Tive a chance de estar lá novamente há duas semanas e como grande fã do chef, não pude ir com menos do que expectativas altíssimas. Mas não foi nada muito mais do que simples.
O restaurante já teve seus melhores dias, já esteve nos primeiros lugares da lista dos 50 melhores do mundo, mas apesar de não ter deixado de estar nela, hoje ocupa o 30º lugar. E eu entendi bem o porquê.
Quando você vai a um restaurante de alta gastronomia, você cria expectativas, você quer sentir seu paladar explodir com os sabores e seus olhos vibrarem com as apresentações, ainda mais quando se trata de alguém que você venera e um lugar que, mesmo trocando de posição, permanece há anos no ranking dos melhores.
Mas quando cheguei senti que faltou algo, faltou magia!
1. Apresentação
A mesa que foi preparada para mim era simples, de vidro, sem muitos arranjos. Por mais que eu não tenha gostado muito da montagem, fui bem atendida. O lugar é aconchegante e acomoda bem pessoas que vão em grupos.
Quanto aos pratos, digo mais uma vez que faltou algo a mais na apresentação, aquela cereja no bolo que muda tudo e te faz ficar dividido entre tirar uma foto e emoldurar de tão bem feito e comer rápido de tão bom que deve estar. Deixou a desejar!
2. Sabor
O D.O.M apresenta seu menu degustação, minha escolha foi o mais completo que servia 12 pratos diferenciados. Senti que alguns deles estavam um pouco sem sabor, também faltava um toque a mais. Mas nada que tenha tornado minha experiência péssima.
De entrada recebi uma formiga com cachaça. O Sabor era estonteante, algo muito interessante e que não se vê todos os dias. Já o segundo prato foi um tempurá de tapioca servido com lagostine que não gostei muito.
Um muito saboroso, porém, faltou algo na apresentação, o outro, o inverso.
Os outros pratos que provei estavam bons, nada muito fora do comum, mas volto a dizer que a apresentação dos pratos deveria ser melhor.
Acredito que se fossem mais simples e mais trabalhados, mais explorada a raiz brasileira da culinária inovadora do chef, a experiência se tornaria o que se espera: única e autêntica, mais original e mágica.
Mesmo assim acho apenas que é uma fase ruim do chef, como muitos outros tiveram, e sem dúvidas irá passar. Alex Atala continua sendo um dos meus mais amados chefs de cozinha e confio muito em seu potencial como profissional, ele só não está se explorando e reconhecendo a fundo.
O lugar não deixa de ser bom, ainda é muito aclamado pela crítica brasileira e estrangeira e tem ótimas avaliações em sites de pesquisa, então não deixe de conhecer e ter sua própria experiência, talvez ir até mesmo mais de uma vez e reparar nas mudanças que ocorrem com o tempo.